CÉU E INFERNO - UMA FABULA.

Recebi hoje a noite duas mensagens em meu celular. Uma me perguntava: _Está feliz? E a outra: _Você tem saudades? Não quis enviar respostas a nenhuma das perguntas que me fizeram mas fiquei pensando a respeito, enquanto selecionava algumas fotos de viagens que fiz em meu fotolog. A felicidade o que é, um estado mental? Sendo assim pode-se trabalhar este estado algumas vezes raro a nosso favor, em melhora de nós mesmos e dos outros. Transformar nossa vida em céu ou inferno a partir de nossas atítudes em virtude de nosso estado de espírito. No momento tenho me sentido bem e livre como um pássaro que voa e não faz questionamentos sobre a sua liberdade e o que vê lá de cima, mas apenas deixa-se sentir o vento em seu corpo, em suas asas. Quanto a ter saudades, somente das coisas que me trouxeram alegria e prazer de estar por aqui vivendo meus dias sem culpas e sem magoas. Quando conversei com o Monge Budista alguns dias atrás, lembrei desta história que li em algum lugar:

Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas._Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.
O Monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e simulando desprezo, lhe disse:
_Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável. Ademais, a lâmina de sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe. O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguia dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
_Aí começa o inferno, disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno. O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.
O velho sábio continuou em silencio.
Passado algum tempo o samurai, com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.
Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:
_Aí começa o céu.

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