As vezes da Razão

Não me canço de sacudir-me nas vezes que é necessário dar aquela sacudidela em mim mesmos, dizendo-me baixinho para que ninguém mais ouça, somente eu, calado e levando um certo susto já costumeiro de certas surpresas, que não são mais surpresas por já serem meio esperadas: _Olha meu, isto não é bem assim, Cai na real, te acorda!
Sem derrotismo, às vezes precisamos nos despertar de falsos sonhos pela força da razão, e tomar decisões drásticas, fazer os neurônios trabalharem mais do que os músculos do coração. Deixar de lado algumas emoções já contaminadas por erros não corrigidos, verdades de natureza duvidosa, perdidas, desencontradas. É preciso tirar a venda dos olhos, ceder a razão deixando um pouco de lado os artifícios de alguns sonhos, da imaginação, da emoção e cair na laje fria da verdade! Daqui um pouco mais, o sonho reaparece dando asas a novos voos, emprestando matéria prima para a construção de novas histórias, afinal somos assim mesmo, notáveis reincidentes em erros. Também, viver só de razão não pode ser possível.

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