Todos fingiam voar

Acabo de voltar do aniversário da moça que abracei e não lembro o nome. Bebi muitos copos de Bohêmia e algumas doses de Whisky sem marca. Em certos bares as doses já vem pronta, então não se sabe o que se está bebendo realmente e depois de algumas horas também pouco importa. A chuva caia lá fora, sem que ninguém percebesse. Todos brincavam, todos dançavam, todos sabiam voar, mas sem a alegria suficiente para esquecer o cansaço que parecia ser maior que o stress do dia, da semana inteira. Às vezes a felicidade parece ser tão rasa diante de profundas tristezas, que tudo fica parecendo estagnado num copo de cerveja, numa falsa sensação de prazer, de diversão quase forçada. Quatro horas da manhã, uma conversa aqui, um sorriso ali e percebí que era a hora de me recolher antes que a carruagem virasse uma grande abóbora e a letra de Caetano uma grande verdade!..

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