Que decepção!

Eu não sei a opinião da maioria das pessoas, sobre as mini- séries apresentadas pela Globo nestas ultimas semanas, inicio do mês de Abril e que são: Lara com Z, Tapas e Beijos, Macho Man e Divã, todas com atores de primeira grandeza, mas com historias armadas à partir de tablóides previsíveis, repetitivos e sem graça, que não me causaram a simpatia esperada como nas outras mini séries realizadas pela Globo no passado. Eu arriscaria a dizer que talvez Divã reestruturado à partir do filme de mesmo nome e  que conquistou bom público e sucesso, protagonizada por Lília Cabral seja a menos ruim, contando as experiências e adversidades de uma mulher que tenta reconquistar seu espaço emocional e profissional após a separação com a ajuda de seu analista.
Lara com Z, protagonizada por Susana Vieira, é a repetição de tantos outras personagens glamurosas construída para ela e que só trocaram de nome. Acho até que Susana é a própria diva, contando sua história. Eu gosto de trabalho de Susana Vieira, mas acho que já esta na hora de lhe  concederem papeis mais consistentes como os que lhe consagraram como grande atriz.
Macho Man, com Jorge Fernando e Marisa Orth, talvez seja o pior de todos, construído em clichés estereotipados reforçando a ideia de que gays são simplesmente alegres e não tem mais nada na cabeça além de quererem se divertirem. Isto fica bem claro numa das cenas iniciais em que Valéria personagem vivida por Marisa Orth e que não tenho queixas de sua atuação, inicia um dialogo com Zuzu, gay assumido e vivido por Jorge Fernando na mini serie:
_Por que vocês gays são tão animados, o que vocês gays tem que nós não temos?..
_Gays só querem se divertir!..
Zuzu parece um  idiota recheado de gestos  excessivamente efeminados, gritinhos histéricos e danças escandalosas, numa época em que a sociedade gay luta por um reconhecimento  de igualdade de direitos e respeito social. Apesar dos autores terem dito em entrevistas que a mini serie não  tinham a intenção de mudar ou recriar  conceitos, mas  provocar risos, errou pela irresponsabilidade de reforçar o preconceito de que gays não devem ser levados à serio. 
Tapas e Beijos com Andréa Beltrão e Fernanda Torres, parecem seguir a linha das  las locas, onde duas mulheres, colegas de trabalho, numa loja de vestidos de noiva, mantém relações amorosas com homens que não as assumem fazendo-as se meterem nas mais varias  confusões e trapalhadas. Fernanda Torres que é uma excelente atriz, constrói bem estes papeis de mulheres já surtadas por natureza e a beira de um ataque de nervos, como já provou em Os Normais, fazendo o maior sucesso. A Globo não me pareceu ter entrado com pé direito neste ultimo projeto das mine séries brasileiras, espero que tenha algum tempo para retempera-las e causar um diferente sabor aos que apreciam este formato de entretenimento.

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