PASSO DO JAMA.

As paisagens que se vê no noroeste da Argentina, na fronteira com o Chile, é literalmente de perder o fôlego tanto pela beleza, quanto pela altitude e desconfiar que tudo aquilo que estamos vendo, não é real. São altiplanos magníficos  com vegetações exóticas,  montanhas, pedras em forma de esculturas, penhascos e inacreditáveis lagos congelados.

Quando se chega neste ponto do planeta, a uma altura de mais ou menos 4.000 metros de altitude, todas as sensações de desconforto podem nos acometer, como dores de cabeça, enjoo,  frio, falta de ar e diminuição da resistência física, mas que por outro lado é recompensado pela beleza inacreditável do lugar.

Dentro do ônibus com calefação, não tínhamos noção da temperatura que fazia do lado de fora e só percebemos isto, quando tivemos que desembarcar e enfrentar a fila na Aduana para carimbarmos os passaportes. A altitude nesta região varia entre 2.500 à 4.800 metros nas partes planas, havendo montanhas que chegam até 6.900 metros..

A região possui muitos vulcões, salares, lagos salgados, minas abandonadas e planícies coloridas de areia e raríssima vegetação. As grandes altitudes e a baixa umidade relativa do ar, nos exigiam algum tempo de aclimatação. Estávamos no mês de Julho, onde as temperaturas variam entre 02 e 16 graus
durante o dia e muito vento, causando-nos uma sensação térmica muito mais baixa que o termômetro registrava. 

A aduana naquele deserto cercado por montanhas, lembrava a entrada de uma penitenciaria de segurança máxima no meio do nada e seus funcionários pareciam fazerem jus a esta impressão. Eram ríspidos com os viajantes que ali paravam e não se importavam com os que estavam do lado de fora recebendo todo aquele vento frio e areia no rosto.
Nossa próxima parada seria em San Salvador de Jujuy à noite, onde combinamos jantar e telefonar para a família e amigos do qual estávamos saudosos no Brasil.

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