Promessas são dívidas?

Tenho alguns planos, que aprendi a não revela-los antes de encaminha-los, de pô-los em pratica. É verdade!., isto é uma teoria que virou regra, pois na maioria das vezes funciona como uma medida de segurança, no caso de eu mudar de ideia, de descobrir que não era bem o que eu queria, de ter outros motivos que me impeçam de conclui-lo, já que na vida surgem tantos empecilhos, imprevistos... Coisa mais frustrante, ter planos, sonhar com eles, falar deles e não realiza-los. Lembro-me da história de um amigo que sempre falava pras pessoas do seu projeto de viajar pelo nordeste, com uma mochila nas costas. No tempo em que mochila nas costas era moda e conhecer o nordeste um feito corajoso. Ele falou tantas vezes nisto, que as pessoas passaram a lhe cobrar a tal aventura, sempre que o viam. O tempo foi passando e nada acontecia. Um dia já sem muita vontade de ir, por que até os projetos também tem prazo de validade emocional e desconfiado de estar sendo desacreditado,  foi obrigado a arrumar as malas e ir na marra, de tanto que lhe perguntavam sobre o tal projeto. Viajou mais por pressão externa, do que por vontade própria. Devia isto para as pessoas a quem falava frequentemente. Devia mais aos outros, do que pra si mesmo esta conquista que já tinha perdido metade do sabor inicial.
Portanto eu fico cuidadoso para que minhas palavras ou intensões pessoais, não se transformem aos olhos dos outros, numa promessa impagável. As vezes não é esta a intenção, mas acaba virando, por causa das expectativas, empolgações, ansiedades e exacerbações geradas. É preciso cuidado para que sonhos não virem obrigações desnecessárias.

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