Parece mentira...

A semana começou mal e para tentar dar uma disfarçada  a este clima de morte e desassossego que anda vagando sobre a minha cabeça, no meu cotidiano, resolvi ao chegar em casa, abrir uma garrafa de vinho vagabundo que eu havia guardado num canto esquecido do armário, lembrando as palavras de minha mãe: "Não se pode resolver problemas, criando outros, filho!". Mas assim mesmo resolvi arriscar beber, somente para ver se este sentimento de peso aliviava meus ombros, meus pensamentos.
Acontece que hoje durante o trabalho, soube da morte de outro colega que eu nem imagina ter acontecido; tanto que seu falecimento ocorreu em Agosto passado e eu só fiquei sabendo agora, hoje, durante o plantão através de um outro colega.
Eu conheci o Paulo (que faleceu) e deixei de vê-lo antes dele ficar doente, de descobrir que havia contraído um câncer de intestino, de iniciar um tratamento invasivo e perceber que não havia mais nada a ser feito, morrendo depois, pouco mais de um mês ao ser  descoberto a doença. 
Pra mim foi um choque muito grande saber desta noticia, pois ainda tinha ele na minha lembrança como aquela imagem de homem saudável, alegre e bonito, que fazia algumas mulheres suspirarem em sua volta e admirarem sua voz de locutor de rádio.
Ele era mais jovem que eu e talvez estivesse beirando os 46 anos de idade. Engraçado como a morte parece não combinar com algumas pessoas que transmitem bom humor, vitalidade e alegria sob diversos aspectos. Estranho, muito estranho aceitar isto, acreditar em sua morte sem desconfiar que não seja uma mentira. Certa vez uma colega me disse que ele se parecia com Colin Farrell, ator da foto postada acima o que eu na época, não dei muita atenção, mas hoje observando melhor e talvez sob alguma influencia do vinho, percebo alguma semelhança. 

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