No terreno das vaidades.

Eu fiquei por meses me fazendo uma mesma pergunta, depois que criei este blog em 2007 e tomei gosto pela coisa e esta semana ela retornou na minha cabeça de forma insistente e mais reflexiva. Eu pensei em perguntar para Bertolzi, um amigo que fiz na internet, que também é blogueiro como eu e que acredita na importância de dar sua opinião, para quem quer ouvi-lo ou lê-lo, mas acho que a timidez  me impediu e logo a ideia voltou a cair no esquecimento. 
A pergunta que me faço e não tem jeito de se calar é a seguinte: Será que este meu blog, como o de Bertolzi e o de tantos outros, serviria de registro ou obra, para algumas pessoas do nosso meio afetivo nos manter na lembrança depois que morrermos? Serviria como um diário, um documento, um memorial para que nossas historias, idéias e opiniões permanecessem vivas? Passaríamos a viver somente em palavras, frases, pensamentos escritos? Não, eu não quero parecer um egocêntrico ou mesmo tentar atribuir uma importância maior do que possuo neste mundo, mas no fundo eu fico pensando e achando que é possível existir alguma lógica nisto tudo. 
Se a gente pensar que um cantor, um artista plastico, um escritor deixa seus registros em livros, CDs, por que não, num blog? A morte teria este poder em especial, já que ela é uma transformadora de opiniões para os que ficaram aqui na terra. Eu acredito ter comigo uma resposta que simplifique toda esta minha dúvida, que é a necessidade humana de nos mantermos eternos e esta preocupação é constatada desde os primórdios da humanidade. Não, eu também não acredito numa eternidade que resguarde nossa integridade física, por que esta é sucumbida a cada minuto pela impiedade do tempo, mas numa eternidade intelectual, que essa, acredito ser a que buscamos.

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