Um antigo abatedouro que virou ateliê.

Esta postagem estava perdida nos arquivos do blog e somente hoje, percebi que não havia publicado por puro esquecimento, o passeio aconteceu no dia 20 de Agosto, quando saí para conhecer uma das antigas rotas dos tropeiros, no Passo do Inferno, entre Canela e São Francisco de Paula. 
Estavam somente eu e Deus, fazendo uma das muitas incursões que costumo fazer por este mundo afora e que as apelidei de técnicas de desapego. Cruzei por Padre Eterno e o Interior de Gramado, quando me deparei com esta gigantesca e surpreendente construção que me chamou a atenção por sua proporção e arquitetura diferenciada. 
Busquei informações entre moradores locais, que informaram-me tratava-se de um antigo abatedouro da família de Gilmar Stahl, que foi desativado em 2001 e transformado pelo artista em galeria de arte e ateliê. O prédio surpreende não só por sua dimensão e estilo arquitetônico como pela sua localização no interior da cidade de  Gramado.
O artista, utiliza em seus trabalhos, a técnica de pintura à óleo, para retratar a realidade de crianças que são seu foco e que convivem com a violência urbana, a gerra, a fome, as drogas e a pobreza, frutos de sua inspiração que são traduzidas para as telas num processo técnico de grande beleza estética. Eu ja conhecia seu trabalho, alguns expostos em espaços culturais da cidade e fiquei surpreso com a coincidência de passar diante de seu ateliê, num lugar distante e inesperado. Responsável por um trabalho de grande expressão artística, Gilmar Stahl faz parte dos respeitáveis artistas gramadenses, que buscam a interação da arte com os elementos sociais intrínsecos a serem questionados no nosso dia a dia. 
O endereço é Linha Horllen, 2430, no Bairro Serra Grande interior de Gramado. 

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