Pague para entrar e grite para sair


Era dia 27 de janeiro, 9 horas da manhã. Eu estava sentado na Praça em frente da minha casa tomando chimarrão com dois amigos, quando um vizinho, que pouco conheço, das redondezas, trouxe a noticia que ao menos pra mim, parecia um exagero ou então eu não tinha escutado direito; "Mais de 200 jovens, haviam morrido no incêndio de uma boate em Santa Maria". Não, não era aqui, pensei rapidamente com meus botões. Não podia ser aqui. Coisas desta magnitude, não acontecem por aqui no Rio Grand do Sul!..
Mais tarde em casa com a TV ligada, a constatação da mais triste realidade que assusta, que te põe à pensar nas armadilhas que a vida cria, nos erros humanos, na nossa vulnerabilidade diante disto tudo, nas cenas de terror que se montam diante de nós sem que nada possamos fazer. A morte dessas mais de 200 pessoas foi como se caísse um boeing.
E ai a gente faz transferência de dor, de culpa, por que temos pessoas que amamos e poderiam estar lá, filhos cuja as asas crescem e buscam a liberdade, que querem se divertir, que vão a festas e chegam tarde e nos vemos preocupados, em guarda, simplesmente impotentes.

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