UMA BALA PERDIDA OU UM TIRO PELAS COSTAS?

Ontem durante o horário de trabalho, peguei um colega fazendo algum comentario com outra pessoa sobre mim. Eu não cheguei a ouvir realmente do que se tratava, mas logo que me aproximei e os surpreendi com a minha presença, caiu sobre entre eles aquele clima de desconcerto, de tentar elaborar um assunto qualquer que não cabia no tempo e espaço para disfarçar o que realmente estavam falando. Fingi que não entendi do que se tratava. Quando cheguei em casa e li este texto na pagina do Facebook de uma amiga, e pensei: Este é o conceito que mais se aproxima da verdade, das razões que levam uma pessoa exercitar a fofoca.

"Quem faz intrigas sobre a vida alheia quer ter algo de sua autoria, uma obra que se alastre e cresça, que se torne pública e que seja muito comentada. Algo que lhe dê continuidade. É por isso que fofocar é uma tentação. Porque nos dá, por poucos minutos, a sensação de ser portador de uma informação valiosa que está sendo gentilmente dividida com os outros. Na verdade, está-se exercitando uma pequena maldade, não prevista no Código Penal. Fofocas podem provocar lesões emocionais. Por mais inocente ou absurda, sempre deixa um rastro de desconfiança. Onde há fumaça há fogo, acreditam todos, o que transforma toda fofoca numa verdade em potencial. Não há fofoca que compense. Se for mesmo verdade, é uma bala perdida. Se for mentira, é um tiro pelas costas."

Martha Medeiros.

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