O melhor de um homem é ele mesmo.

No inicio desta semana eu assisti um documentário na TV fechada, que não lembro o canal nem o nome do programa, mas que despertou meu interesse. Tratava-se de um encontro entre dois homens que fizeram cirurgias de mudança de sexo e trocavam experiencias pessoais sobre isto. Os dois eram europeus, um deles com quarenta e poucos anos de idade e o outro acima dos sessenta anos. O mais velho fez a cirurgia de mudança de sexo, quando ainda era muito jovem e o outro em torno dos trinta anos. Mas o que mais me despertou o interesse no assunto, é que depois de trocarem de sexo, ou seja, de serem homens que se transformaram em mulheres, se arrependeram e então resolveram por uma nova intervenção para retornarem anatomicamente a serem homens. O mais velho já havia feito a re-intervenção cirúrgica, do qual repassava informações ao mais jovem que iria se submeter futuramente ao mesmo procedimento.
Era perceptível entre eles a insatisfação com o resultado e a busca de uma identidade para as suas sexualidades. O mais velho explicou a o outro, que apesar de interiormente se sentir meio homem, antes de virar mulher, por ter atitudes femininas e atração por pessoas do mesmo sexo, não conseguia também depois da mudança de sexo, agregar-se emocionalmente como uma mulher. sentia-se na verdade como um homem transformado, mutilado e que talvez a sua necessidade de se tornar uma mulher (o que foi um engano) estivesse associado a dificuldade de se assumir como gay, numa época em que ser gay com com aspecto masculino e atitudes femininas, era uma das piores aberrações sociais que podiam existir, pressionando alguns homossexuais a fazerem uma escolha, que talvez não fosse a mais apropriada ao seu psique. Este não enquadramento ao padrão de normalidade estipulado pela sociedade,obriga algumas pessoas a fazerem escolhas radicais e só vem provar que o melhor de um homem é ele ser ele mesmo e não esteriótipos resultantes de uma auto salvação.

Comentários

Postagens mais visitadas