BECO ESCURO.


Então de um momento para o outro, me vi num beco escuro, sem saber que rumo tomar; Voltar ou prosseguir? Afinal aquele era um corta caminhos que reduziria em muito a distancia até a minha casa. De longe avistei lampiões pendurados em pequenos sobrados antigos, cuja a luminosidade pouco ajudavam na minha escolha de por onde iria seguir. Respirei fundo e pensei então que em outros momentos da minha vida, acharia este lugar tão inspirador para me influir em qualquer coisa poética, mas não agora. Aquele não era o momento de eu estar naquele lugar, para motivações criativas. Precisava sair dali em busca de claridade, de luzes intensas que iluminassem meus passos e até a minha própria alma assustada. Precisava restabelecer a segurança de mim destituída. Fui. Uufaaa!..
De onde vinha esse temor que me tornara tão vulnerável, me perguntei a o chegar do outro lado mais seguro e iluminado do beco. O escuro, a visão comprometida, a duvida de que no próximo passo, poderia ser assaltado e morto?.. 
Não, isto tudo são falsos flash back inventados pelo medo do desconhecido. Pior, são as incertezas que vão abrindo buracos e me matando antes de eu ser realmente morto.

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